30 de jun. de 2009

"KISSES"

"Kisses" é uma filosofia criada para aquelas ocasiões onde queremos ligar o botão do "foda-se".

Significa "QUE SE EXPLODA".

Deve ser utilizada com cautela e no sentido de tornar a vida mais leve, menos complicada e séria.

Pois existem preocupações que não tem razão de existir e coisas que não temos controle ou não podemos resolver. Para isso "KISSES".

Caso tenha dúvidas em como utilizar, pense em qual impacto essa situação/preocupação terá em sua vida daqui a cinco anos. Você verá que muitas coisas podem ser relevadas sem grandes complicações.

28 de jun. de 2009

A beleza das pequenas coisas

Essa foto me remete a como podemos ver a beleza nos detalhes da vida, basta estarmos abertos para isso.

Sempre fico olhando da janela de casa a revoada dos pássaros no final do dia e me pego refletindo sobre a jornada de cada um.

Mas, a beleza está nos aprendizados, experiências e conquistas que o dia proporciona e como é possível transformar tudo isso em coisas boas.

Para ilustrar um pouco mais esse pensamento, recebi um texto sobre um processo seletivo, onde os candidatos deveriam fazer uma redação respondendo a seguinte pergunta:

Você tem experiência?

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrela.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa para sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro.
Já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de
alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um para
sempre pela metade.
Já deitei na grama de madrugada vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam
novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da
emoção, guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga? Me encosta à parede e grita:
Qual sua experiência? .
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.
Experiência... Será que ser (plantador de sorrisos) é uma boa experiência? Não!
Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?

21 de jun. de 2009

Começou o inverno...

Numa bela manhã ensolarada nasce o inverno do hemisfério sul.

Uma ótima pedida para os chás, sopas, massas, chocolate quente, bolinho de chuva com sessão da tarde em baixo do edredon, noites regadas a um bom vinho com os amigos e quem sabe o "amor".

Tenho um carinho muito especial por essa estação do ano, pois, me traz lembranças de minha infância no Paraná, com noites aconchegantes e manhãs com céu aberto e a grama branca, as vezes queimada pela geada. Bons tempos!

Boas lembranças fazem um presente agradável e um futuro melhor. Vamos aproveitar a estação do frio e aquecer nossos corações.

Há quem não goste e reclame do inverno, mas, o charme e a elegância da estação são indiscutíveis. Eu sou fá do inverno!!!

Segue um poema sobre o inverno do livro "Romances de estância e querências - Marcas do tempo" de Aureliano de Fiqueiredo Pinto, que retrata o sentimento da estação. Muito Bonito!


Aqui estou, Sr. Inverno
Autoria: Aureliano de Figueiredo Pinto

Já sei que chegas, Inverno velho!
Já sei que trazes - bárbaro! O frio
e as longas chuvas sobre os beirais.
Começo a olhar-me, como em espelho,
nos meus recuerdos... Olho e sorrio
como sorriram meus ancestrais.

Sei que vens vindo... Não me amedrontas!
Fiz provisões de sábias quietudes
e de silêncios - que prevenido!

Vão-se-me os olhos nas folhas tontas
como simbólicos ataúdes
rolando ao nada do teu olvido.

Aqui me encontras... Nunca deserto
do uivo dos ventos e das matilhas
de angústias vindo sem parcimônias.
Chega ao meu rancho que estou desperto:
- sou veterano de cem vigílias,
sou tapejara de mil insônias.

Aqui estarei... Na erma hora morta,
junto da lâmpada, com que sonho,
não temo estilhas de funda ou arco.
Tuas maretas de porta em porta,
os teus furores de trom medonho
não trazem pânico ao bravo barco.

Na caravela ou sobre a alvadia
terra do pampa - cerros e ondas
meu tino e rumo não mudarão.
No alto da torre que o mar vigia,
ou, sem querência, por longas rondas,
não me estrangulas de solidão.

Tua estratégia de assalto e espera
conheço-a muito, fina e feroz:
de neve matas; matas de mágoa;
derramas nalma um frio de tapera;
nanas ausências a meia voz
e os olhos turvos de rasos d'água.

Comigo, nunca... Se estou blindado!
Resisto assédios, que bem conduzes,
no legendário fortim roqueiro.
Brama as tuas fúrias de alucinado!
- Fico mais calmo que as velhas cruzes
braços abertos para o pampeiro.

Os meus fantasmas bem sei que animas
para, num pranto de vãs memórias,
virem num coro de procissão
trazer-me o embalo de velhas rimas.
- À intimidade dessas histórias
tenho aço e bronze no coração.

Então soluças pelas janelas,
gemes e imprecas pelos oitões,
galopas louco sobre as rajadas,
possesso, ululas entre procelas.
E ébrio, nas noites destes rincões
lampejas brilhos de punhaladas.

Inútil tudo! Vê que estou firme.
Nenhum receio me turba o aspeto,
nenhuma sombra me nubla o olhar.
Contigo sempre conto medir-me
frio, impassível, bravo e correto
como um guerreiro que ia a ultramar.

Reconciliemo-nos, velho Inverno!
Nem és tão rude! Tão frio não sou...
Venha um abraço muito fraterno.
Olha...
Esta lágrima que rolou
não a repares...
É de homenagem
a alguém que aos céus se fez de viagem,
e nunca... nunca! Nunca mais voltou...

18 de jun. de 2009

Privatizar ou não, eis a questão


Mais uma vez trago um termo da física para nossa discussão, resiliência, veja a definição encontrada na Wikipédia.

"Resiliência é um conceito oriundo da física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura. Após a tensão cessar poderá ou não haver uma deformação residual causada pela histerese do material - como um elástico ou uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna com força, lançando o atleta para o alto.

É medida em percentual da energia devolvida após a deformação. Onde 0% indica que o materialsofre deformações exclusivamente plásticas (plasticidade) e 100% exclusivamente elásticas (elasticidade).

No meio corporativo, o termo "Resiliência" significa a capacidade de uma empresa ou corporação de se adaptar às mudanças no ambiente em que estão inseridas, ou seja, como elas conseguem reformular os seus processos de negócio para atender a novas exigências do mercado.

O cientista inglês Thomas Young foi um dos primeiros a usar o termo. Tudo aconteceu quando estudava a relação entre a tensão e a deformação de barras metálicas, em 1807. Resiliência para a física é, portanto, a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido tensão.

A resiliência dos materiais como o aço é fator determinante na escolha
da maioria dos Engenheiros em todo Mundo, quando trata-se de estruturas
gigantescas como Empire State Building, Golden Gate Bridge e outras inúmeras
estruturas ao redor do mundo."

Mas escolhi este termo não só pela fonética da palavra, ou por suas variações de uso, a escolhi por que tenho refletido sobre quão resiliente uma pessoa deve ser.

E para reforçar o conceito trago a vocês dois poemas de Bertolt Brecht, destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX:

Os que lutam
"Há homens que lutam um dia e são bons.
Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Porém, há os que lutam toda a vida.
Esses são os imprescindíveis."

Privatizado
"Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence."

Mas ai, vocês me perguntam. O que tem a ver Brecht e resiliência? E eu vos digo:

TUDO

Pois, a luta diária, a privatização da vida são fatores que temos que administrar todo o tempo e para isso é necessário resiliência.

Certa vez ouvi:

"Existem pessoas que marcam data horário e local para serem felizes. Só serei feliz depois do natal, só serei feliz no final do expediente, só serei feliz quando for à Europa. E as vezes o natal chega e a pessoa cria outro marco a ser alcançado. Semana que vem é Ano novo, ai será tudo diferente não passa. E assim, o final do expediente nunca acaba e talvez a pessoa nunca vá à Europa."
Refletindo sobre esta colocação, pensei comigo:

O que é ser feliz?
Como posso ser feliz?
Do que preciso para ser feliz?


Divaguei sobre termos e pensamentos autorais e emprestados, não cheguei a conclusão alguma. Mas percebi o quanto tenho prorrogado a vida, sempre esperando algo acontecer, o momento certo de agir, ou a hora, data e local que tudo dará certo, mas notei que para dar certo é preciso viver a vida, tomar rédeas de seu momento e tentar (isso é sua obrigação) ser feliz no aqui e no agora.

A luta sempre existirá, você pode decidir privatizar sua vida, vender seu tempo e talento, viver de ilusões ou criar seu personagem.

Mas fazer isso de forma consciente é sempre diferente, você sabe a hora que deve dar um basta... impor seus limites ou o quanto deve ser resiliente para usufruir de algo que conquistou, porque você quis e não porque alguém quis por você...

17 de jun. de 2009

Comunicação é mais do que um papel na parede.

Hoje o Supremo Tribunal Federal decidiu que não há mais obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da função em veículos de comunicação.

Engraçado como as divergências dos pontos de vistas a favor e contra a decisão, colocam os aspectos profissionais e legislativos a frente de um bem da sociedade, a informação.

Veja alguns trechos de notícias divulgadas sobre o assunto:

1) "Gilmar Mendes, relator do recurso, defendeu a autorregulação da imprensa.
“São os próprios meios de comunicação que devem definir os seus controles”,
afirmou.

Mesmo sem a exigência de diploma, os cursos de jornalismo devem
continuar existindo, argumentou Mendes. “É inegável que a frequência a um curso
superior pode dar uma formação sólida para o exercício cotidiano do
jornalismo. Isso afasta a hipótese de que os cursos de jornalismo serão
desnecessários”, avaliou."Portal
de comunicação Comunique-se


2) "Tais Gasparian, representante da
Sertesp, afirmou durante julgamento que artigo do decreto-lei 972 apresenta
incompatibilidade com artigos da Constituição Federal que citam a liberdade de
manifestação do pensamento e o exercício da liberdade independentemente de
qualquer censura. De acordo com Gasparian, a profissão de jornalista é
desprovida de qualificações técnicas, sendo "puramente uma atividade
intelectual". A representante questionou qual o consumidor de notícias que não
gostaria de receber informações médicas, por exemplo, de um profissional formado
na área e não de um com formação em comunicação.

Gasparian lembrou ainda
que a obrigatoriedade do diploma foi instituída por uma junta militar que nem
poderia legislar por decreto-lei. A ideia, defende a representante, era
restringir a liberdade de expressão na época da ditadura, "estabelecendo um
preconceito contra profissionais que atuavam na área", afirmou." UOL
Notícias


Em ambas as notícias, temos argumentos sobre a "liberdade" de expressão, empregabilidade e interesses pessoais, nenhum deles aborda o papel do leitor, que efetivamente decide o que quer ler e onde. Acredito que existam interesses ($$$) implícitos nos dois pontos de vista, mas o papel de análise crítica e escolha é do leitor.

Sendo assim, digo aos meus colegas comunicólogos de jornalismo, não se abatam com a decisão e façam a diferença com ou sem diplomas. Pois, a profissão está no profissionalismo que se atribui a ela e na qualidade do trabalho de cada um, afinal, não se forma um Boris Casoy, uma Marília Grabriela, um Joelmir Betting e um Willian Bonner com um certificado na parede.

Esses profissionais são formados por suas trajetórias e capacidades de visualizar a notícia além do senso comum.

15 de jun. de 2009

1ª lei de Newton

A inércia é uma propriedade física da matéria (e segundo a Relatividade, também da energia). Considere um corpo não submetido à ação de forças ou submetido a um conjunto de forças de resultante nula; nesta condição esse corpo não sofre variação de velocidade. Isto significa que, se está parado, permanece parado, e se está em movimento, permanece em movimento e a sua velocidade se mantém constante. Tal princípio, formulado pela primeira vez por Galileu e, posteriormente, confirmado por Newton, é conhecido como primeiro princípio da Dinâmica (1ª lei de Newton) ou princípio da Inércia.

Podemos interpretar seu enunciado da seguinte maneira: todos os corpos são "preguiçosos" e não desejam modificar seu estado de movimento: se estão em movimento, querem continuar em movimento; se estão parados, não desejam mover-se. Essa "preguiça" é chamada pelos físicos de Inércia e é característica de todos os corpos dotados de massa.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre


Fiz essa introdução para adentrar um assunto que tem feito parte de meus pensamentos nesses últimos dias, a inércia mental. Como nos condicionamos e somos condicionados a parar em determinado ponto da vida e como fatos que passam desapercebidos, são recorrentes e tornam o desenvolvimento algo mais difícil.

Mas, a mesma lei que afirma que os corpos parados querem continuar parados, afirma também que os corpos em movimento desejam se manter em movimento (movimento=vida).

Sair da zona de conforto, se atrever, se expor e se mostrar capaz de sair da inércia mental e nunca mais voltar.

O vídeo abaixo não é novidade, mas sempre me motiva por sua mensagem e conceito e gostaria de dividí-lo com vocês:


Sempre em frente, as vezes mais devagar do que gostaria, mas a direção é mais importante que a velocidade e, devagar se aproveita mais a paisagem...

14 de jun. de 2009

Pula fogueira Iaiá

Estamos no meio do mês de junho... e ontem, dia 13, foi o dia do Santo Antônio, o casamenteiro. Essa data abriu o período de festas juninas, arraiás e quermesses por todo o país.

Particularmente, as festas juninas, são minhas festas populares prediletas, adoro o frio e das guloseimas da época... Não vejo a hora de ir a um arraiá....

E para celebrar o início das comemorações juninas, veja a letra da minha música preferida desta época. Foi escrita por Lamartine Babo, um dos maiores compositores de marchinha de carnaval no ano de 1934.




Isto é lá com Santo Antônio.

Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
São João disse que não!
São João disse que não:
- Isto é lá com Santo Antônio!
Eu pedi numa oração
Ao querido São João
Que me desse um matrimônio
Matrimônio! Matrimônio:
- Isto é lá com Santo Antônio!

Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
São João ficou zangado
São João só dá cartão
Com direito a batizado
Implorei a São João
Desse ao menos um cartão
Que eu levava a Santo Antônio
Matrimônio! Matrimônio:
- Isto é lá com Santo Antônio!

São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Disse o velho num sorriso:
- Minha gente, eu sou chaveiro!
- Nunca fui casamenteiro!
São João não me atendendo
A São Pedro fui correndo
Nos portões do paraíso
Matrimônio! Matrimônio:
- Isto é lá com Santo Antônio

(*) - Lamartine Babo
(Composição de 1.934)

11 de jun. de 2009

vamos começar a viagem

É com grande satisfação que abro este espaço para que eu possa expressar em palavras vários "entos":

- pensamentos

- conhecimentos

- sentimentos

- momentos

Espero trazer assuntos interessantes, que nos levem a reflexão e discussão, sem o compromisso de chegar a qualquer conclusão. Pois, como o "slogan" do blog já indica, o percurso (muitas vezes) pode ser mais interessante que o destino.
Portanto, vamos nos divertir juntos por assuntos cheio de intempéries e efeitos inesperados, mas, sem perder o humor.